Salve-se quem puder...
De acordo com a Comissão de Especialidade de Fluxos Migratórios, é preciso recuar até à década de 1960 para encontrar uma vaga de emigração tão grande em Portugal. Em 2007 entravam em média mil Portugueses por mês na Suiça. Paradigmático é o caso dos residentes em Espanha: o número de pessoas nascidas em Portugal a residir no país vizinho passou de 71 mil para 136 mil entre 2004 e 2008. O exemplo do Reino Unido mostra outro aspecto: o número de nascidos em Portugal passou de 68 mil para 83 mil entre 2004 e 2008. A comunidade ultrapassa os 300 mil nas estimativas consulares de residentes de nacionalidade portuguesa. O que incluirá portugueses lusos, descendentes de emigrantes, ex-imigrantes e descendentes de ex-imigrantes.
O fenómeno da que pensar. Estarão os Portugueses a “fugir” de Portugal? Continuam depois interessados em voltar? Voltam? E os luso-descendentes? Sentem afinidade com Portugal?
Porquê este fluxo de emigração? A culpa não é só do desemprego em Portugal, que já ultrapassa os 10%, ou do diferencial de rendimento entre os portugueses e os outros europeus. A culpa é também da cultura e das mentalidades estabelecidas em Portugal – da cultura hierárquica que sufoca uma cultura de trabalho e limita oportunidades assentes em mérito. Falo por experiência própria! Sou emigrante e com orgulho!
Gervásio
E você? Quanto tempo mais vai levar… a emigrar?
posted by Gervasio @ 7:00 da manhã
2 comments
2 Comments:
Eu acho que o mais desconcertante, e o fluxo emigratorio ser actualmente de pessoas licenciadas que podiam ajudar portugal a crescer, nao fosse a diferenca de salrios tao desmesurada. Um recem licenciado recebe 600 euros e um qualquer politiqueiro, vai para a administracao de um empresa ou instituicao publica receber 30 mil!
Vindo em finais 2008 de dois anos como emigrante, eu estou neste momento a tentar (de novo) subir na hierarquia portuguesaa, mas de facto as oportunidades são muito dificeis de conseguir baseadas no mérito e na capacidade.
A verdade é que, salvo raras excepções, em Portugal ficam aqueles que não gostam de arriscar, os merdosos. Ou então, os filhos da corja já bem instalada.
Mais do que somente pensar em emigrar strictu sensu, é fundamental estar aberto a situações de trabalho mais ou menos prolongadas no estrangeiro.
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