26 dezembro 2006

As Aventuras do “Major" Valentão – 3º Episódio

Produções "Batatinha com Açucar" apresenta mais um episódio de: As Aventuras do “Major" Valentão

Primeira metade dos anos 90
Em 1990 a nossa personagem envolve-se num incidente com guardas de uma esquadra da polícia no Porto, onde teria chegado a ser detido, e de onde foi expulso em circunstâncias não completamente esclarecidas.

Valentão volta às primeiras páginas dos jornais em 1991, depois de depositar um cheque de 35 mil contos de um banco da Costa Rica! No seguimento desta peripécia, o cheque revelou-se careca e o caso acaba em tribunal. O tribunal por sua vez decreta que o “Major” foi vítima de uma fraude e é ilibado (estes desfechos a casos envolvendo figuras como Valentão já não são novidade).

Durante um jogo do Boavista em 1995, um polícia acusou o “Capitão” (o “Major” peço desculpa) de o chamar “analfabeto por não ter reconhecido o “Major” que ate o Presidente da República conhece”. Ó Xoutôr elemento da autoridade, não me diga que não conhece o Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, que por sua vez também é/era o Presidente da Liga Profissional de Clubes de Futebol, Presidente da Junta Metropolitana do Porto, Vice-Presidente do Congresso Nacional do PSD, Presidente do Conselho de Administração do Metro do Porto, membro do Concelho Geral da Associação Nacional de Municipios Portugueses.... Deixem-me respirar... Presidente Honorário do Boavista, membro do Conselho Geral do Boavista, Presidente da Mesa da Assembleia da Secção do PSD de Gondomar, e fico-me por aqui pois a noite já vai longa (NB curriculum referente a 2004)! Realmente! E já está com muita sorte em não levar um processo disciplinar por não ser sócio do Boavista e não saber quem são os membros do Conselho Fiscal!

Xoutôr "Capitão Major" Valentão, por todas estas entradas a pés juntos o Gervásio vê-se obrigado a dar-lhe um cartão vermelho!

Gervásio
E você? Quanto tempo mais vai levar a perceber?

19 dezembro 2006

Boas Férias (!?!?)

"Primeiro-ministro dá tolerância de ponto no dia 26 de Dezembro
19.12.2006 - Lusa
O primeiro-ministro, José Sócrates, concedeu tolerância de ponto aos funcionários públicos no próximo dia 26, em virtude do período natalício, refere um despacho do chefe do Governo a que a Lusa teve acesso.
"Considerando que é tradicional a deslocação de muitas pessoas para fora dos seus locais de residência no período natalício, tendo em vista a realização de reuniões familiares", mas também "a prática que tem sido seguida ao longo dos anos", determina-se a tolerância de ponto "aos funcionários e agentes do Estado, dos institutos públicos e dos serviços desconcentrados da administração central", refere o documento. (...) Para os casos de trabalhadores que tiverem de comparecer no próximo dia 26, o despacho do primeiro-ministro adianta ainda que, "sem prejuízo da continuidade e qualidade do serviço a prestar, os dirigentes máximos dos serviços e organismos" (...) "promoverão equivalente dispensa do dever de assiduidade aos respectivos funcionários e agentes em dia ou dias a fixar oportunamente"."

Esta folga terá custos elevados para o Pais e para as empresas, e não ajuda a' mudança de mentalidades que Portugal precisa. Há mesmo quem diga que as “pontes” e feriados podem atingir um impacto de 1% do PIB em Portugal. Os países do norte da Europa, que são mais severos do que os do sul em relação a feriados (pois não existem “pontes” ou folgas), arranjaram a solução de encostar os feriados aos sábados ou aos domingos. No entanto, semelhante decisão em Portugal seria a morte política de tão corajosa personalidade.

O Governo continua a dar razão ao Gervásio. Os funcionários públicos continuam com demasiadas regalias. Esta foi a melhor prenda de Natal que o Governo podia ter dado aos Portugueses... perdão, a 738 mil Portugueses! Os escândalos continuam e desta vez o Gervásio escusa-se de fazer longos comentários. Tirem as vossas próprias conclusões.

Gervásio
E você? Quer ter um emprego para toda a vida?

PS Espero que a Lusa seja considerada uma fonte credivel.

04 dezembro 2006

Portugal tem 738 mil funcionários públicos! Função Pública = Emprego para toda a vida?

O Governo divulgou à umas semanas atrás a base de dados da administração pública, revelando que existem em Portugal cerca de 738 mil funcionários públicos. Este número inclui funcionários da administração central, autarquias e regiões autónomas da Madeira e Açores. Será que são mais do que Portugal precisa?

A função pública (e outros temas associados) tem sido tema de debates desde que o Gervásio começou a ler jornais. O sector privado tem cada vez maiores dificuldades em aceitar e perceber as actuais regalias e privilégios dos seus colegas da função pública. Algumas reformas foram já iniciadas. Entre elas o aumento das contribuições para a ADSE pelos funcionários públicos, tema discutido pelo Gervásio em Outubro. Mas muito ainda está por fazer. Haveria de haver coragem política para se avançar com um reforma digna desse nome, e varrer todas as doenças do sector da função pública.

Os defensores do sistema público poderão argumentar que em termos teóricos, o número avançado acima é incorrecto, pois contabiliza os avençados e tarefeiros (cerca de 11 mil) ou ainda os denominados trabalhadores a recibo verde. No entanto, é consensual afirmar que Portugal tem um excesso de funcionários públicos, que na sua maioria têm um défice de produtividade. A ser mantida a regra de uma entrada para cada duas saídas, o número irá reduzir para um universo mais realista com as necessidades dos serviços públicos. Neste cenário, deveria-se apostar numa melhoria qualitativa do capital humano e direccionar-se numa melhoria das qualificações dos funcionários públicos.

De maneira a melhorar o sistema público muitas reformas teriam de ser implementadas, entre elas a revisão da avaliação de desempenho dos funcionários; alterações ao regime de carreiras e remunerações; acabar com as progressões automáticas em função da antiguidade; políticas de aumentos salariais e de promoções; ou ainda aproximar os regimes de horários, faltas e férias aos do sector privado. Todas as alterações propostas teriam de ser aplicadas (também) aos actuais funcionários públicos, com o argumento de que só assim a reforma teria efeitos significativos. Continuamos à espera da reforma...

Gervásio
E você? Quer ter um emprego para toda a vida?